Azulejaria quinhentista de Beja


Resumo:

Depois de ser nomeado Duque de Beja, em 1453, o Infante D. Fernando rapidamente manda edificar o seu paço, dignificando o estatuto pessoal e institucional. Em 1447 havia casado com a D. Brites, filha do Infante D. João e sua prima co-irmã, formando uma das casas mais ricas do reino.Talvez por esta razão ou pela influência que tiveram algumas das suas muitas viagens, para o projecto do paço e depois do Real Mosteiro da Nossa Senhora da Conceição, foram importadas influências mudéjares, do sul peninsular, com janelas de tijolo artesoado e pavimentos e tectos com azulejos de Manizes, tão em moda no norte mediterrânico.Mas o gosto muda e, passado poucos anos, iniciaram-se as trocas comerciais com Sevilha, de onde se importaram os azulejos de corda-seca e de aresta. Martinez Guijarro e Nicoluso Pisano foram alguns dos autores dos azulejos sevilhanos de Beja, misturando gostos góticos, islâmicos e renascentistas.



Palavras-chaves: Infante D. Fernando; Real Mosteiro de N. Sra. Da Conceição; Manizes; azulejos sevilhanos